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O colecionismo numismático, a prática de colecionar moedas, cédulas e medalhas, possui raízes profundas que remontam a mais de dois milênios, com registros de imperadores romanos que apreciavam as moedas adquiridas em suas conquistas. Esse interesse inicial pela diversidade monetária se transformou ao longo dos séculos em um movimento cultural e histórico que abrangeu diferentes continentes. No caso da África subsaariana, o desenvolvimento de sistemas de troca, conhecidos como escambo, levou ao uso de objetos como moedas de valor, entre os quais o cauri, uma concha de molusco amplamente encontrada na África Oriental, e os famosos Manillas ou Ogondos, braceletes de metais como cobre, bronze e ferro.

Desde o século XIII, formas variadas de dinheiro circularam na África subsaariana, incluindo gado, lingotes metálicos e conchas cauri, coexistindo com moedas metálicas introduzidas pelos europeus. Esses objetos, classificados como protomoedas ou moedas-mercadoria, desempenhavam funções que iam além do simples valor econômico, servindo como símbolos de riqueza, poder e dignidade, e sendo utilizados em transações cerimoniais e sociais, como dotes matrimoniais e quitação de multas.

Com o avanço da colonização europeia, muitas dessas formas tradicionais de moeda foram apropriadas e reproduzidas em massa para facilitar o comércio, especialmente o tráfico de pessoas escravizadas. As conchas cauri, por exemplo, tornaram-se uma moeda comum em várias partes do mundo, enquanto as manillas, inicialmente usadas em pagamentos cerimoniais na África Ocidental, passaram a ser fabricadas na Europa para o comércio africano. Este processo de apropriação e instrumentalização econômica teve repercussões profundas, tanto na história econômica quanto na cultura africana, ecoando até os dias de hoje.

A exposição "Protomoedas da África Subsaariana" busca resgatar e valorizar esse patrimônio cultural único, que reflete a rica diversidade das sociedades africanas antes da colonização europeia. Escolhendo o mês de agosto, em memória do abolicionista Luiz Gama, a exposição destaca o caráter contracolonial de sua vida e obra, oferecendo ao público brasileiro uma oportunidade inédita de explorar e admirar mais de cem peças que revelam a complexidade e a riqueza de um sistema econômico e cultural que resistiu e se adaptou às profundas transformações impostas ao continente africano.

Este livro-catálogo captura a essência dessa exposição pioneira, a primeira do tipo no Brasil, eternizando um legado que combina história, arte e cultura. As protomoedas apresentadas aqui testemunham a resistência e a resiliência dos povos africanos, e ao mesmo tempo nos convidam a refletir sobre o impacto histórico do colonialismo nas relações entre os continentes. Que este legado seja lembrado e transmitido às futuras gerações, perpetuando o patrimônio material e imaterial aqui exposto.

 

 

Livro: Protomoedas da África Subsaariana  - Um projeto da Sociedade Numismática Brasileira, Museu Numismático Julius Meili & Instituto Tebas
Tiragem: 210
Organizadores: Abílio Ferreira & Bruno Pellizzari
Ano: 2024
Páginas: 52
Impressão: Colorido Offset 90g | 16x23cm | Capa cartão 250g
País: Brasil
Idioma: Português-BR

 

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