Brasil, Ficha Telefônica (Telebrás / Fontamac) - 1986

As fichas telefônicas eram utilizadas para realizar chamadas em telefones públicos.

 

No Brasil, surgiram na década de 1960. Tinham diâmetros que variavam entre 20 mm e 30 mm, sendo fabricadas em materiais como ferro, latão, cobre, zamac, entre outros. No verso, traziam o nome da empresa e a região de operação, e cada ficha funcionava em um tipo específico de telefone público. Para padronizar o sistema, em 1970 a Companhia Telefônica Brasileira (CTB) implementou um formato único para cada área de serviço. No ano seguinte, foram criados dois tipos de fichas para todo o país: as destinadas a chamadas de longa distância, que operavam em telefones públicos azuis, e as para chamadas locais, que funcionavam nos telefones públicos vermelhos.

 

Em 1992, devido aos elevados custos de manutenção, à logística de coleta das fichas e ao aumento do vandalismo, a Telebrás, juntamente com seu centro de pesquisas, adotou o uso dos conhecidos cartões telefônicos (Calling Cards). Essa mudança reduziu significativamente os custos de operação e reparo dos equipamentos, além de proporcionar mais comodidade aos usuários. Em 16 de julho de 1997, cinco anos após essa transição, foi sancionada a Lei Geral de Telecomunicações (Lei nº 9.472), que estabeleceu um plano de modernização e expansão do sistema telefônico no Brasil. Esse processo culminou na privatização da Telebrás no ano seguinte, o que resultou na retirada das antigas fichas das ruas, tornando-se, assim, itens de colecionador.

 

As fichas eram utilizadas para chamadas locais, inicialmente em telefones públicos vermelhos, instalados em cabines abertas, com formato que lembrava uma orelha, popularmente conhecidas como "orelhões". Havia também telefones públicos em estabelecimentos comerciais particulares.